Roubaram o tempo da criança,
A criança agora chora perdida numa sala de brinquedos imaginários,
O tempo cronometrado da felicidade,muito mais frio,
manipula os brinquedos de plástico,eletrônicos e de forma sutil entende o mundo,
Entende que o seu tempo é futil,
Perante a imensidão do abandono adulto,
O relógio que está na parede,
leva seus pais para bem longe,
o tic tac ensurdecedor,
marca a dor pulsada em seu frágil coração,
A criança agora manipula outros brinquedos,
Uma tela alienada ensina como brincar,
As pessoas que nela passam, ela não pode tocar,
De repente : Mamãe...
Já não mais existe aquela imagem,
trocam-se papéis numa sociedade forjada,
A criança chora a espera de respostas,
o relógio não avisa a hora da volta,
de repente, passos e um bater de porta,
espectativa da chegada,
nada , era o vento, trazendo outra história,
uma história fria da memória,
A criança chora a espera da volta
Os brinquedos nada dizem,
O mundo não se refaz,
Haja imaginação,
o relógio bate numa força...
tamanha a dor a do abandono,
Roubaram a felicidade da criança,
seus gestos agora denotam um adulto em desenvolvimento,
que na frieza da vida manipula seu presente..
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