terça-feira, 29 de junho de 2010

Desespero de um professor do ensino público

Sai de casa, atrasado, livros , diários, desmotivação, chega na escola, nem bom dia ou boa tarde,a frieza do espaço incorpora no teu dia. Veste a escola, engole a demagogia, entra na sala de aula, reproduz as falas, escreve numa lousa verde sem esperança, olha e quando percebe, há pessoas a sua volta, pessoas que retribuem sua presença com risos, choros, insultos, apatia, atenção, também reproduzem a frieza do espaço e pior vomitam o sangue do descaso público, e sem mesmo sem ter consciência são o resultado de um Brasil doente. Esse ser humano iludido postado na frente de 40 indivíduos, busca no giz entender a razão de tanto abandono,por que do giz não abandona o ditado? busca no outro um olhar sincero? Por que prefere a comodidade de um caos eterno? Singela e doce voz daquela criança: Professor por que estás zangado?
Não são as vítimas que proferem o mal nesse campo de batalhas, são meia dúzia de hipócritas dotados do poder que deliberaram um sistema educacional falido, professor no desespero pega sua arma e recebe o tiro, abria a página 13 do livro, não era nem aula de gramática, o aluno incompreendido respirava seu último castigo: ler para sala um texto sem o menor sentido, Quem errou a mira do progresso? Quem transformou seres humanos em seres perdidos? Enquanto não damos conta desse caos, procuraremos agora delinear os dados de um falso critério estatístico: Alunos não são reprovados pela escola. A vida é que toma a pedagogia de seus passos. 1, 2, 3, 1.000 etc... fora da sala de aula. Já!

Estou aqui....

" Buscas o teu futuro e respira tua vitória,
Mesmo que no mundo não há glória,
Teu sorriso traduzir-se-á em história,

Não se canse de acreditar nos teus passos,
Jamais hesite em decidir teu agora,
No chão que pisas já respiras a aurora,

Mesmo a esmo escolha tuas melissas
Todas lhe cabem bem nos teus pés de princesa,
eu julgo que além da tua beleza,
Habita em ti,uma mulher cheia de realeza,

Rainha das torres brancas e do perfume acentuado,
Bálsamo nos meus sonhos capturado,
No rock a billy ou no encontro das águas,
Tenho comigo alguns de teus segredos revelado,

Carinho, devaneio, aromas,
Compõem seu doce caminhar,
Mas triste quando esqueces que a sua volta
busca teu lado andar,
receio a todo instante
no teu futuro a minha ausência,



Desse futuro não componho sequer uma nota da canção,
Mesmo que prefira uma triste composição,
Mesmo numa gótica decisão,
Coloco em seus braços meu coração"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Levaram seus pais ... acorda!

Roubaram o tempo da criança,
A criança agora chora perdida numa sala de brinquedos imaginários,
O tempo cronometrado da felicidade,muito mais frio,
manipula os brinquedos de plástico,eletrônicos e de forma sutil entende o mundo,
Entende que o seu tempo é futil,
Perante a imensidão do abandono adulto,

O relógio que está na parede,
leva seus pais para bem longe,
o tic tac ensurdecedor,
marca a dor pulsada em seu frágil coração,

A criança agora manipula outros brinquedos,
Uma tela alienada ensina como brincar,
As pessoas que nela passam, ela não pode tocar,
De repente : Mamãe...
Já não mais existe aquela imagem,
trocam-se papéis numa sociedade forjada,

A criança chora a espera de respostas,
o relógio não avisa a hora da volta,
de repente, passos e um bater de porta,
espectativa da chegada,
nada , era o vento, trazendo outra história,
uma história fria da memória,


A criança chora a espera da volta
Os brinquedos nada dizem,
O mundo não se refaz,
Haja imaginação,
o relógio bate numa força...
tamanha a dor a do abandono,


Roubaram a felicidade da criança,
seus gestos agora denotam um adulto em desenvolvimento,
que na frieza da vida manipula seu presente..

no ceiling

Curriculum Lattes

http://lattes.cnpq.br/2105539734848230