Brincas tu com o tempo,
Rompe o segredo da vida,
foge do cego entardecer,
Busca na solidão uma lembrança,
Que te traga à tona uma novidade,
Não de tempos remotos de felicidade,
tampouco de contemplações ilusórias,
uma novidade inerente à alma,
Busca quem tu eras
E encontra-te a ti agora.
domingo, 28 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Magistério em Cena
Entra dois professores a conversarem observados por Berzebu e Dinato ( diabos)
*baseado na obra de Gil Vicente.
Prof1: Olha eu to cansado do magistério!
Prof2: Eu acho que com essa cartilha nova ,que o governo oferece teremos melhorias na escola.
Berzebu: Anota ai meu velho: um pensa em desistir e o outro já está acomodado.
Dinato : Anotado ou todo mundo desiste ou não reclama do que foi programado.
Prof1 : Olha não vejo a hora do bônus cair na minha conta!
Prof2: Eu também será que ele vai pagar quando?
Berzebu: Escuta essa um tá enforcado e o outro mesmo em dúvida quer que a esmola chegue rápido rsr
Dinato : Que coisa seu diabo, esses aí já andam acorrentados, quando chegarem aqui no inferno vão se acostumar muito fácil , com promessas se tornam interessados.
Prof1 : Um aluno detonou meu carro na semana passada.
Prof. Eu quase perdi a cabeça com um no 1ºA
Berzebu : Olha só um coitado já não recebe e perde o carro outro não passa de um humilhado
Dinato : Enquanto um vai gastar o bônus no conserto do carro outro vai pra casa desconsolado.
Prof1- sinceramente dar aulas para salas de aulas lotadas não dá.
Prof2. Que isso ! eu não reclamo não, eu sei que faço meu melhor trabalho, imagina toda essa molecada na rua?
Berzebu : Se bem entendi coisa ruim : um é fracassado e outro ilusionário.
DInato: Bendito sejas tu seu otário um ao mal já se entregou e outro em devaneios se lascou.
E assim por horas Berzebu e Dinato enviados à terra para recrutar almas para o inferno concluíram .
Berzebu: Olha , nosso senhor Lucifer não tem com que se preocupar . Esse pessoal do magistério fazem a lição de casa direitinho , não se unem , aceitam tudo e se cansam muito rápido, fiquei feliz com nosso trabalho.
Dinato : Tá certo o coisa feia.. Esse pessoal não precisa nem rezar , e ainda acham que Deus nosso inimigo, aquele que gosta da tal justiça, não tá vendo nada rsr eles estão do jeito que o diabo gosta.
*baseado na obra de Gil Vicente.
Prof1: Olha eu to cansado do magistério!
Prof2: Eu acho que com essa cartilha nova ,que o governo oferece teremos melhorias na escola.
Berzebu: Anota ai meu velho: um pensa em desistir e o outro já está acomodado.
Dinato : Anotado ou todo mundo desiste ou não reclama do que foi programado.
Prof1 : Olha não vejo a hora do bônus cair na minha conta!
Prof2: Eu também será que ele vai pagar quando?
Berzebu: Escuta essa um tá enforcado e o outro mesmo em dúvida quer que a esmola chegue rápido rsr
Dinato : Que coisa seu diabo, esses aí já andam acorrentados, quando chegarem aqui no inferno vão se acostumar muito fácil , com promessas se tornam interessados.
Prof1 : Um aluno detonou meu carro na semana passada.
Prof. Eu quase perdi a cabeça com um no 1ºA
Berzebu : Olha só um coitado já não recebe e perde o carro outro não passa de um humilhado
Dinato : Enquanto um vai gastar o bônus no conserto do carro outro vai pra casa desconsolado.
Prof1- sinceramente dar aulas para salas de aulas lotadas não dá.
Prof2. Que isso ! eu não reclamo não, eu sei que faço meu melhor trabalho, imagina toda essa molecada na rua?
Berzebu : Se bem entendi coisa ruim : um é fracassado e outro ilusionário.
DInato: Bendito sejas tu seu otário um ao mal já se entregou e outro em devaneios se lascou.
E assim por horas Berzebu e Dinato enviados à terra para recrutar almas para o inferno concluíram .
Berzebu: Olha , nosso senhor Lucifer não tem com que se preocupar . Esse pessoal do magistério fazem a lição de casa direitinho , não se unem , aceitam tudo e se cansam muito rápido, fiquei feliz com nosso trabalho.
Dinato : Tá certo o coisa feia.. Esse pessoal não precisa nem rezar , e ainda acham que Deus nosso inimigo, aquele que gosta da tal justiça, não tá vendo nada rsr eles estão do jeito que o diabo gosta.
sexta-feira, 19 de março de 2010
O marginalizado
As vozes cômodas da vizinhança,
Apagaram a chance de sobrevivência daquele menino,
As vozes caladas daquele menino,
Transformaram seus passos num homem obsoleto,
As tímidas esperanças de sua família
Levaram seu corpo para aquele córrego,
E já não corre o homem com seus sapatos roubados,
Já não sobrevive no aluguel atrasado
Foge a cada dia de si mesmo,
É procurado pelo tráfico de sua alma,
Assim, caminha hoje o homem nesse beco,
Estreito , escondido de si
Vendo refletir no muro sua vaga sombra
A única coisa viva de um marginalizado.
Apagaram a chance de sobrevivência daquele menino,
As vozes caladas daquele menino,
Transformaram seus passos num homem obsoleto,
As tímidas esperanças de sua família
Levaram seu corpo para aquele córrego,
E já não corre o homem com seus sapatos roubados,
Já não sobrevive no aluguel atrasado
Foge a cada dia de si mesmo,
É procurado pelo tráfico de sua alma,
Assim, caminha hoje o homem nesse beco,
Estreito , escondido de si
Vendo refletir no muro sua vaga sombra
A única coisa viva de um marginalizado.
Criança na ponta do lápis
Segue a ponta do lápis
e encontra o mistério da criação,
lá naquela sala lotada,
rabisca alegre a criança a carteira em desuso,
talvez encontre na confusão de traços um significado,
mas, certamente, com muita sinceridade,
notamos que não se trata de um exercício ao vento,
busca a criança um sentido,
rabisca sim sua vida,
rabisca a ausência de uma torpe atenção em sua rotina
encontra no lápis a razão do seu abandono!
e encontra o mistério da criação,
lá naquela sala lotada,
rabisca alegre a criança a carteira em desuso,
talvez encontre na confusão de traços um significado,
mas, certamente, com muita sinceridade,
notamos que não se trata de um exercício ao vento,
busca a criança um sentido,
rabisca sim sua vida,
rabisca a ausência de uma torpe atenção em sua rotina
encontra no lápis a razão do seu abandono!
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