Homens invisíveis
Desaparece vosso passado e aos poucos consome vosso presente,
Vossa imagem defronte ao espelho esmaece em partículas indiferentes,
Vossos passos vagueiam e tão pouco entram em atrito com o solo,
Vosso ser se desfaz em grãos de areia jogadas ao vento,
São vossas últimas horas de visibilidade,
A memória mórbida enterrada à longevidade,
Quem és agora , quiçá imagem do hoje,
Vossas palavras, vossa construção,
Descontroem-se em multidimensões,
Eu não mais os vejo,
Eu não mais os ouço,
Um dia acordamos e nem de tua imagem lembramos,
Mas sabemos pelo menos o quanto ainda estão por aí!
Talvez observando nossa estupidez, nossa alienação,
Nosso pensar no futuro,
Nosso acreditar na vossa existência.
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