“Desabafos de um político frustrado”.
-Quero deixar essa missiva cair aos seus pés
Para que a multidão receba
O infinito afago da justiça;
-Não deixarei mais usarem essas mãos
Para usurparem de um direito absoluto
Sobre linhas de trem
E construções definidas
Das megalópoles retorcidas de tanta imagem,
-Não quero mais a manutenção das horas e horários infinitos....
Deixarei os cargos em aberto,
E o silêncio dos espaços que nunca ocupei...
-Quero mais das frustrações burocráticas,
A burrocracia barata das lojas de consumo,
Os planos mistos dentro de uma política dividida
entre os momentos de tristeza e dor...........
As leis outorgadas desde então,
Deixarei aos povos de boa fé,
Como a noite brilha,
No badalar das horas,
Não mais escreverei páginas de um discurso ilógico....
Serei sincero comigo,
Levarei a alma à cachoeira mais próxima,
E deixarei nas águas
O que jamais tornarei a ser;
Se vos digo de boa fé
Então, julgue-me capaz
Não de vencer em eleitoreiras campanhas
Mas, de restabelecer a lembrança de um humano comum
Que em algum lugar do passado ficou
Haja vista todas as declarações :
- Tenho dito...........”
12/12/1992
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