As vozes cômodas da vizinhança,
Apagaram a chance de sobrevivência daquele menino,
As vozes caladas daquele menino,
Transformaram seus passos num homem obsoleto,
As tímidas esperanças de sua família
Levaram seu corpo para aquele córrego,
E já não corre o homem com seus sapatos roubados,
Já não sobrevive no aluguel atrasado
Foge a cada dia de si mesmo,
É procurado pelo tráfico de sua alma,
Assim, caminha hoje o homem nesse beco,
Estreito , escondido de si
Vendo refletir no muro sua vaga sombra
A única coisa viva de um marginal.
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