segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O beijo

Ela me pediu insistentemente uma informação,
Disse a ela que o custo era alto,
Mesmo assim ela insistiu,
Disse a ela que pagaria com a vida,
Ela não parou para analisar - pressionou..
Eu então com maior arrogância disse que não iria entregar...
Ela então atirou sua ira pelo olhar,
Eu não tive dúvida ...
Lasquei-lhe um beijo

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/comentarios/idesp_01_all-1.shtml
Quem descaracteriza a educação? A quem atende essa escola chamada pública?


Na vida escolar se escolhe com violência a carteira para sentar, o caderno quiçá um dia fosse para o registro do pensamento, na escola do tudo é permitido, bater na professora e assinar o nome já é motivo para aprovação ! Só não se escolhe a competição num mundo capitalista, educadores felizes, uma sociedade menos desinformada, uma nação menos acomodada, uma escola cuja única regra: é desaprenda.
Milhares de alunos, diariamente, na rede pública, recebidos com lousa e giz, ficam amontoados em espaços frios e de pouca criatividade. Encontro-me num desses espaços, com uma única missão: ensinar. A questão é que o ensino tratado na perspectiva de apropriação do conhecimento e transformação do indivíduo, esse está calado na fala de Paulo Freire ou de algum Rogerianista amedrontado. O poder público, em seu grau maior de autonomia, reproduz seu discurso em decretos torpes e medidas que nada convertem a exclusão do processo escolar. A retórica defendida na mídia de uma escola democrática, não encontra na prática uma nota sequer de sabedoria.
Sucatearam nossa experiência educadora e nos forjaram a moldes estatísticos( IDEB/IDESP) e ideológicos de uma ditadura do acaso. Enfim, querem construir um país de seres devidamente controlados e contentes. Dó daqueles que têm em mãos uma cartilha e embuídos de lousa , giz e alunos, nada mais ensinam senão toda essa imunda noção de que nascemos e morreremos ignorantes a um conteúdo avesso à realidade. A escola não deve atender aos anseios de uma minoria hipócrita, devassa em sua rotina de pensar e repensar meios de controle de massa. Eu vejo a escola moderna como um produto do acaso, do abandono, do desatino e não culpo os profissionais indignados com tal situação, os quais como operários cumprem seu papel árduo, entretanto, não é possível calar-me frente à demasiada política do unidunitê , maqueadora de resultados e fórmulas mirabolantes de uma educação cretina.Não posso calar-me frente aos olhinhos cansados da mesmice e retalhadora da arte e do pensar.



Não posso calar-me frente a uma guerra declarada contra educadores sem pátria, culpabilizados pelo sistema educacional falido e imposto, de modelo pragmático, principalmente, em São Paulo. Não posso calar-me frente a uma manipulação da sociedade de que tal modelo adotado é o melhor. Não posso calar-me frente a uma comunidade, cujo direito de decidir é tratado pela mesma como um empecilho a sua cansativa rotina.
Não assumir a escola como espaço de decisões e mudanças sócio-políticas é ao mesmo afirmar o quanto somos escravos de poucos e até de nós mesmos. O mais intrigante é pensar até quando assistiremos nossos filhos prefirirem a Lan House , o Playstation , as drogas , a prostituição infantil, entre outros "atrativos" a formarem-se cidadãos conscientes e capazes de mudar os rumos dessa nação e nós como adultos pensantes deixarmos sempre uma minoria decidir por esse ou aquele futuro.

Marcelo Costa Sena - Professor - formado em Letras pela Universidade Ibirapuera e pós-graduado pela PUC/SP, atualmente professor efetivo do ensino público estadual e municipal, organizador do sarau vozes do Grajaú e colaborador dos coletivos da região. 10 opiniões

no ceiling

Curriculum Lattes

http://lattes.cnpq.br/2105539734848230